As noites pertencem-te e eu vejo
em todas elas as ruínas, os despojos
das tuas casas brancas ___ habitam-nas os corvos.
Nas tuas mãos encontrava uma aspereza
de rocha, o deserto todo em sede.
E os teus dedos, caminhos nocturnos
de uma solidão lezíria e triste,
cheios de uma paixão inexorável.
Gumes acesos ainda.
E durante muitos dias - os de vigília aturada -
senti-te subir descalça a minha rua
o rosto escondido numa sombra original
___ nenhuma luz a desenhou.
Mas ouço ainda suspensa nos dias
contraponto e fuga toda música das colinas
e agora pertences à clausura das muralhas,
a uma velha barbacã
agora pertences aos dias exactos
e pendulares do cerco.
Nascem então horas intermináveis e incompreensíveis
depois do fogo: nessa geografia luminosa
onde Roma é eterna
e todas as cidades são Lisboa.
"Tudo era claro, jovem, alado. O mar estava perto. Puríssimo. Doirado." - Eugénio de Andrade
26 julho 2011
02 julho 2011
A crack on the head
Unruly boys
who will not grow up
must be taken in hand
Unruly girls
who will not settle down
they must be taken in hand
A crack on the head
is what you get for not asking
and a crack on the head
is what you get for asking
...
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