Sabe o destino que o esperas:
- que o persegues
- que o alimentas
Sabe o destino que procuras os longos sulcos do desejo
a queda livre do anoitecer, as águas nocturnas inquietas
- um doce anoitecer à luz de um poema.
E nessa espera sobem os olhos ao limite da planície,
ao fino horizonte indecifrável.
Ao longe, duas aves mergulham
no profundo coração das searas.
Nesse manto luminoso de silêncio
onde te espera o lugar a que pertences.