02 abril 2007

Encontro-te

Encontro-te de noite quando a lua vem,
branca e pálida,
encontro-te no ritmo dos barcos,
no ritmo das palavras contra as rochas.

Encontro-te num grão de areia,
na raiz mais funda de uma árvore, escondida
no escuro da terra,
encontro-te no céu tão alta
como uma estrela,
encontro-te a meio caminho de uma nebulosa,
em concreto, em vão, eu te encontro.

E tu permaneces, definitiva,
perene, tão perto de mim - única saída é
estremecer, fechar os olhos, entregar-me
aos teus lábios, juntar-me a ti e deixar-me
dormir, cansado e feliz.


Sem comentários: