17 março 2008

Nau sem rumo

Raramente passo pela tua rua,
essa em que das janelas tombam
os vultos escuros e esguios
dos teus ombros, tremendo
de ansiedade
na antecipação dos meus passos.
Eu raramente deito o meu corpo
junto ao teu,
quem te guia a cintura
pela brancura das mãos pesadas,
quem nau sem rumo te guia
a pele dos flancos em escarpas,
pela brancura das mãos pesadas?

Tu sempre quiseste a palavra,
a casa branca e um chão de mar
onde pudesses ver fundo
o lugar das rochas.

1 comentário:

DN disse...

nao esperes que te esperem.. as janelas sao uma coisa perigosa..