29 abril 2008

nocturno

Descobre-te, eu não quero ser o fundo dos teus olhos,
destapa-te, tens que chegar-te para onde a frescura
nocturna está deitada nos lençóis,
afasta-te, não de mim, do meu sono,
aperta-me contra o teu peito, acorda-me de noite
com beijos e ternura, foi o que sempre quis,
apenas o carinho que nunca tive, a atenção que realmente
mereço, poderá talvez ser nenhuma, mas será toda
aquela que me puderes dar. Tu chegas sempre primeiro
depois do sol, eu chego sempre tarde às horas de luz,
e nunca nos encontramos pelas seis da tarde num dia
de verão.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ohhhhhh... tão bonito Nuno :)
Fiquei com vontade de te abraçar.