A cidade ainda me destrói,
Vincent,
e nenhuma rua que conheça os meus
passos se mantém intacta.
Recomeço
e a cidade ainda me cega
cem noites escuras desceram
as colinas onde a lua não repousa,
apenas os teus olhos
de um belo azul-da-china,
Vincent,
abertos para a noite
suspensa das estrelas que a povoam.
A lucidez ainda me destrói,
Vincent,
que noite foi essa que te pediu
a vida, ninguém soube ouvir-te,
bastava a escuridão no fundo
dos teus olhos.
que noite quis que caminhasses
com ela,
agora percebo quando dizias
a cidade ainda me destrói,
e depois partiste
debaixo dessa noite povoada
por rebentos de prata.
Sem comentários:
Enviar um comentário