com que voz, com que voz humana havemos de gritar, lá em baixo, caindo suspenso dos rochedos da côr da cinza, um rio respira, respira sempre, e eu apenas vejo os salgueiros, dois, três, e muitos outros salgueiros que ali se fixaram, nas noites de verão ouço-os a conversar, e eu desejo a pouco e pouco parecer-me com um rio, mas um que tenha dois braços como margens, e que as margens sejam os teus braços e que nas minhas margens cresçam olhos verdes salgueiros, e com a voz desses olhos verdes salgueiros respirar a doce calma do fundo do mar.
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