Devemos aos dias
a hipótese do sol,
os olhos sempre iluminados
devemos à luz
a hipótese das sombras.
Devemos aos dias
a certeza da insónia:
o terror de não saber
se é hoje ou amanhã.
Devemos aos dias
as chamas que sobem,
descalças, as colinas,
o fogo perpetuado onde
se recriam todasas coisas.
Por isso de noite
todos os homens
todas as mulheres
são deuses que constroem,
sós, o amanhã.
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