10 junho 2007

Despidos, o meu corpo e o teu
encontram-se como aves
de primavera na primeira
luz fria da manhã.
Braço, língua, lábios, o teu ventre
é um pomar, as abelhas chegam
com o sol, vão beber o pólen
às flores, e eu vou com elas,
beber-te nas horas de sombra
e de escuridão.

As manhãs nascem tão breves,
polidas, eu não as vejo,
só tu observas aquela luz
fria que indistintamente
começa com o dia,
o frio lentamente cede lugar
ao calor de um primeiro dia
de Verão.
A música é quase sempre azul,
os teus olhos sempre castanhos.

2 comentários:

Diogo Vaz Pinto disse...

escreves tão bem!

vem escrever no Melhor Amigo

amantedasleituras disse...

sim eu também gostei desta escrita
simples mas bela!