09 junho 2007

Peço desculpa.
Vou abrir uma excepção. A começar agora.
Estou de férias. Acabou tudo. Ontem.
Obrigado a mim e a quem quer que tudo corra bem,
obrigado ao Beethoven e aos Smiths pela companhia
que me fizeram nas viagens pelo Código Civil, obrigado
ao Marx, que torna a economia política tão assustadora
e por isso tão interessante, obrigado ao prof. Vital Moreira
por ser tão engraçado na TV e nas aulas, obrigado
ao prof. Sousa Ribeiro por aquele recorte de jornal com
uma super-modelo semi-nua do outro lado, virado para
o auditório sorridente, obrigado à cafeína tomada várias
vezes ao dia. Obrigado ao Horatio Caine, ao Gil Grissom,
ao Conan O´Brien e ao Family Guy, à família Simpson.
Obrigado aos blocos de papel pautado, às canetas, que
escrevem, e por fim ao tempo, porque existe e nunca está
parado.
Peço desculpa, mas agora quero Verão. E livros,
e música sem ter numa sebenta o princípio e o fim,
o Direito como pretexto e como espectro cinzento vindo
da Twilight Zone, agora quero o não-fazer, o cheiro a Verão
num dia de calor ao abrir a janela, o mar como horizonte,
os dias intermináveis entre a praia e os amigos.
O trabalho compensa.
Peço desculpa, mas estou de férias.

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