12 julho 2007

Cala-te, a luz arde entre os lábios
e o amor não contempla, sempre
o amor procura, tacteia no escuro,
esta perna é tua?, é teu este braço?,
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente à tua boca,
abre-se a alma à língua, morreria
agora se mo pedisses, dorme,
nunca o amor foi fácil, nunca,
também a terra morre.

Eugénio de Andrade

2 comentários:

. disse...

olha, o meu eugénio...
e que perfeita escolha

já tens os bichos do ARR?

Nuno disse...

olha não... :( disseram-me que ainda não tinham tido resposta da editora, um "epá esquece..." mas eu andarei por aí à procura dele... fui a outras livrarias, tive na fnac tanto no chiado como em coimbra mas nd :p
pode ser que quando menos esperar os bichos apareçam...