Fulvo, marinho,
submarino.
E de tanto ser rio
o teu cabelo perde-se
no mar aberto, na planície
atlântica que subitamente termina
nas falésias, desfazendo-se em ondas,
ou num areal quente
de tanto esperar pelo sol.
Lisa, recôndita, a tua pele
é um refúgio de aroma breve,
imperfeito,
um espelho de sal que apetece
percorrer com os lábios e a língua,
morder o fruto, saciar
todo o verão no sal da tua pele.
As noites são tantas ainda...
"Tudo era claro, jovem, alado. O mar estava perto. Puríssimo. Doirado." - Eugénio de Andrade
17 julho 2007
12 julho 2007
Cala-te, a luz arde entre os lábios
e o amor não contempla, sempre
o amor procura, tacteia no escuro,
esta perna é tua?, é teu este braço?,
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente à tua boca,
abre-se a alma à língua, morreria
agora se mo pedisses, dorme,
nunca o amor foi fácil, nunca,
também a terra morre.
Eugénio de Andrade
e o amor não contempla, sempre
o amor procura, tacteia no escuro,
esta perna é tua?, é teu este braço?,
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente à tua boca,
abre-se a alma à língua, morreria
agora se mo pedisses, dorme,
nunca o amor foi fácil, nunca,
também a terra morre.
Eugénio de Andrade
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